Melhor pra fora que pra dentro

Melhor pra fora que pra dentro?

O que significa isso?

 

Vamos imaginar que cada ser humano é único e essencial. Eu, você, seu vizinho barulhento, aquele cara chato do seu trabalho… Todos temos um lugar nesse grande planeta azul. Todos. Se um de nós não “ocupa” seu espaço – o todo – se desequilibra e tem que fazer um esforço enorme para não “desmoronar”.

Aí você pode estar se perguntando:

Se sou tão ‘especial’ assim, o que acontece comigo que não sei o que fazer?
Não sei pra onde vou ou o que quero da vida?

Eu te respondo que, pra tristeza de muitos, não somos ESPECIAIS, somos ESSENCIAIS. E isso muda tudo!

Explico. Quando pensamos que somos especiais, nos colocamos acima de algo ou de alguém. Nos colocamos em “competição”, em distanciamento e separação do todo. Veja a relação que temos com a natureza. Supomos que somos especiais e que ela existe pra nos servir. Não percebemos que somos parte essencial dela, assim como ela é parte essencial de nós. Nosso corpo, por exemplo, é formado/composto de todos os reinos da natureza. Nosso planeta nos possibilita a vida, nos alimenta e acolhe, mesmo assim não nos identificamos com ele. Isso é se sentir especial e não essencial.

Como posso me sentir “essencial”?

Simples.

Quando você trabalha seu Ego no sentido de se sentir especial – mesmo que não consiga se sentir – você vai estar se distanciando da sua essência e do todo. Vai estar se distanciando do fluxo da vida. Você pode não perceber, mas com o passar do tempo vai sentir. Sentir o vazio dentro do peito, reflexos no seu corpo e na sua mente. Vai tentar calar-SE com medicações e outros tipos de fuga, mas nada vai preencher você – de você mesmo, claro! Só você pode fazer isso. Nada que venha de fora vai conseguir fazer isso por você. Nem o emprego novo, a casa nova, o carro novo. Nada vai.

O primeiro movimento para se sentir essencial é se olhar. Se observar. Se acolher. Sim, isso mesmo. Tudo que você precisa pra se conectar com sua essência é se aceitar como é – e se assumir, bem do jeitinho que você é. Ser você mesmo, ser “ESSÊNCIA”, isso é se sentir “ESSENCIAL”.

Esse movimento é simples, mas toca em uma grande ferida nossa: o orgulho. Uma armadilha que nos aprisiona dentro de nós mesmos e não nos deixa sair. Uma prisão “voluntária” e sem muros. Se nos julgamos especiais temos que ser cada vez melhores e nunca vamos nos bastar.

O que “ser essencial” tem a ver com o título desse post?

Antes de mais nada, que bom que você chegou até aqui.
Sinal que está fazendo algum sentido.

Então vamos lá!

Por não nos aceitarmos como somos, nos sentimos perdidos e acabamos por ocupar “lugares” que não são nossos. Pautamos nossas escolhas pelo dinheiro, status ou qualquer outro barulho externo. Não escutamos nossa essência, nossa intuição, nosso coração. Assim nos tornamos escravos do nosso orgulho e vaidade. E nos tornamos infelizes por dentro, perdidos de nós mesmos.

Se não estou no meu lugar, sendo eu mesmo, fazendo minhas escolhas a partir do que faz sentido pra mim, estou FRACO. Me sinto fraco. E a vida vai passando… as horas, os dias, as semanas, os meses… E cada vez tudo parece fazer menos sentido pra mim. Aí me calo. Calo minha essência, minha vida. Algumas pessoas simplesmente se emudecem, outras se deprimem, outras só levam a vida – se abandonam, outras se escondem (ou tentam) atrás de boas desculpas. Por falar em desculpas, as melhores são: trabalho, tempo, dinheiro, família/responsabilidade.

Um trauma vivido também pode te manter distante da sua essência. Esse já requer uma boa dose de coragem. Uma coragem que vem do cansaço de se tornar prisioneiro. De uma necessidade latente de resinificado. Vou tratar disso em outro post, ok?

Melhor pra fora que pra dentro! Lembra?

Não esqueci. Aqui vai a explicação: se eu já tenho coragem de ser eu mesmo, não preciso ENGOLIR nada. Posso simplesmente SER EU. Falar o que preciso, fazer o que preciso, está onde preciso. Isso é ser essência. Isso é ser essencial.

O outro lado dessa moeda é: por não saber quem eu sou, por não assumir nem estar em meu lugar, aceito tudo  que o mundo me manda. Engulo tudo. Recebo tudo.

Fez sentir?

Pra trocar mais aprendizados, você pode pedir que eu trate de um tema, ou enviar o seu próprio pensamento sobre algum assunto.
Prometo que vou ler e, se for o caso, postamos aqui no blog da nossa comunidade Oduz.
Envie para site@oduz.etc.br

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