Muitas pessoas, em sua jornada de conexão espiritual, seja por uma religião ou por processos mais autônomos e livres, acabam se perdendo em suas descobertas. Supervalorizando o novo, o invisível, e se “desconectam” das suas “realidades”.

Isso é fácil de perceber, quando a dedicação parece em excesso, quando o tempo dedicado acaba tomando o espaço de coisas e pessoas importantes. E tudo acaba entrando em conflito. Algumas vezes esse conflito é interno, em outras se exterioriza, mas sempre acontece.

É bem fácil de se perder nessa jornada. A descoberta de outras realidades, sensações e sentimentos nos enchem os sentidos. A sensação de maior liberdade, de compreensão em níveis bem mais amplos do que o senso comum, nos faz ter uma relação diferente com a vida. Nos faz questionar a “realidade” das coisas, dos acontecimentos. Gerando inicialmente o conflito que já mencionei.

Abrir a mente, expandir sua sensibilidade e compreensão das coisas, é um ato revolucionário e de desconstrução. Mas precisa ser acompanhado da realidade e condição atual. Precisa ser, necessariamente, um movimento de inclusão e não de exclusão. Trazer a amplitude de sentimentos e de compreensão deve ajudar a se criar um nova vida, mas deve ter por base o que já existe e é real nessa dimensão de realidade. Do contrário, acabará sendo uma fuga, uma negação.

Correlacionar fatos e realidades é importante. É o famoso “aterrar”. Se aterre, se reconheça em todas as realidades. Não supervalorize o “espiritual” sobre sua realidade no corpo físico. Esse corpo e realidade é ponto de fusão. É onde as coisas podem ser manifestadas, alteradas, acrescidas de novos pensamentos e sensações.

Aprender a aterrar, é aprender que ambas as realidades coexistem. Uma sendo um recorte da outra. Manifestações paralelas.

Se faz sentido para você, podemos te ajudar nesse trajeto.

Paulo Vasconcelos. Oduz.

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