Uma questão séria essa. O que estamos dispostos a viver e sentir? Qual é a sua interpretação a respeito do amor? Quando ele é ou não? Quando ele existe ou não?
Qual é a maneira certa de dar ou receber amor? Amor de mãe, de pai, de filho, de avó, de avô, de homem, de mulher… Qual seria a maneira certa de cada um desses personagens de expressar amor? Como deveria ser?
Hoje uma Apometria me ensinou que amar é ato individual. É se dar, se vazar, não se conter, em direção ao outro. É tão individual, que acolhe a negativa do outro em receber, sem se doer. Por isso, o amor antes de tudo é amor próprio. Para que amar não seja um ato de receber em troca.
Receber também é ato individual, é escolha, é sentir-se merecedor ou não. Simples assim. E sendo assim, também é ato de amor próprio. Pois só me amando, consigo me reconhecer digno a receber. Sem me sentir cobrador e necessitado, pois já tenho o suficiente e não imponho condições.
E assim é o amor. Contrariando o que todos pensam, o sentimento mais individual que já reconheci. E ao mesmo tempo, o sentimento mais capaz de colapsar realidades coletivas, por seu poder de transbordar, sem possibilidade de contenção.
Interpretações equivocadas ou exigidas de como deve se dar e receber amor, são só maneiras disfarçadas de esconder uma carência afetiva de si mesmo. Uma falta de auto-amor. Que resultará em frustrações e, consequentemente, em raiva e rancor de quem “não recebeu”, muitas vezes por simplesmente não reconhecer o amor que lhe foi ofertado, pela própria incapacidade de receber.
Esses são os mais difíceis e dolorosos casos. Mas também os de mais belos reencontros no trabalho de Apometria. Quando amor se reconhece e se funde a corações, que antes não o reconheciam.
Muito amor pra dar e receber a todos.
Até uma próxima.
Paulo Vasconcelos.